Transição Energética - Cenário actual e perspectivas de futuro


Atualidade | 28.11.2022
Transição Energética - Cenário actual e perspectivas de futuro

A pandemia da Covid-19, a transição energética e a transformação digital são os grandes protagonistas que estão a moldar o futuro do setor da mobilidade. O GRUPO MCOUTINHO tem procurado posicionar-se em resposta a estes drivers de mudança.

A descarbonização é o caminho que a sociedade e a indústria automóvel percorrem para mitigar o impacto das alterações climáticas, fundamentado principalmente na utilização da eletricidade e hidrogénio, produzidos através de fontes renováveis como modo de propulsão dos veículos.

Os veículos elétricos emitem menos gases efeito de estufa ao longo de suas vidas, incluindo no seu ciclo de fabrico, se comparados aos motores de combustão, ainda que a eletricidade que os move seja obtida através das mais poluentes formas de geração.

A crescente preocupação com a poluição atmosférica e mudanças climáticas, os esforços de redução de emissões de CO2 a nível corporativo, a legislação, regulamentação e políticas de incentivos governamentais atrativas para a compra de elétricos aceleraram a transição para os veículos eletrificados.

A União Europeia entra neste contexto com o objetivo estratégico de alcançar um impacto neutro no clima até 2050, aliado ao objetivo intermédio de redução de 55% das emissões até 2030, estipulada na Lei Europeia do Clima.

A legislação europeia veio acelerar a transição da mobilidade eléctrica levando os construtores automóveis a efetuar mudanças profundas no seu portefólio de oferta em Veículos Eléctricos (BEV), Híbridos Plug-In (PHEV) e Híbridos Eléctricos (HEV).

Nos dez meses de 2022 as matrículas de veículos desta tipologia totalizam 47.497 unidades, um crescimento de 22,6% face ao período homologo. Verifica-se esse crescimento não só nos veículos ligeiros de passageiros, mas também nos veículos ligeiros de mercadorias.

O estudo “As redes de retalho automóvel em Portugal – O presente e o futuro do setor”, da ACAP em parceria com uma equipa de investigadores do ISEG – Lisbon School of Economics and Management, revelou que um em cada dois consumidores portugueses afirma que o seu próximo carro será híbrido ou elétrico e, nove em cada dez estão dispostos a pagar até 35 mil euros por uma viatura elétrica.

De acordo com informação da ANECRA, os custos dos combustíveis fosseis são outra motivação por 33% dos consumidores na compra de viaturas eletrificadas.

Continuamos a assistir a um agravamento da idade média do parque automóvel nacional, atualmente acima dos 12 anos.

O enquadramento fiscal nesta temática influência a transformação do parque automóvel para uma massificação da mobilidade mais amiga do ambiente, e estou certa de que a este nível ainda muito pode ser feito com impacto direto na idade média do parque automóvel, deixo como exemplo a associação de uma política de abate à matriculação de viaturas electrificadas.

No que diz respeito à rede pública de carregamento elétrico, em Portugal, e apesar de todos os investimentos que têm vido a ser feitos, ainda nos deparamos com alguns obstáculos a quem aposta na mobilidade sustentável.

Em algumas áreas geográficas, a oferta é, de facto, escassa, e as distâncias entre postos de carregamento são elevadas, sobretudo para veículos com autonomia mais reduzida. Também escasseia a oferta de carregadores rápidos e ultrarrápido, em número suficiente, em todas as estações das principais rotas das autoestradas.

Atualmente, entre os consumidores que já possuem veículo electrificado, mais de metade carregam habitualmente o seu automóvel híbrido-Plug-in ou elétrico em casa. Ao adquirir um veículo eletrificado, optaram por instalar um carregador doméstico ou Wallbox Chargers, no entanto esta opção pode ser condicionada pela tipologia de habitação de cada consumidor. Estou certa de que ao nível de rede pública de carregamento elétrico assistiremos muito em breve, a uma melhoria significativa quer em cobertura, quer em tipologia de oferta.

Pensando nas metas futuras, e de acordo com alguns estudos, 90% das soluções que dão forma a um resultado bem-sucedido em 2050 envolvem energia renovável por meio de fornecimento direto, eletrificação, eficiência energética, hidrogênio verde e bioenergia combinados com captura e armazenamento de carbono (BECCS). Outras alternativas sucederão.

No GRUPO MCOUTINHO ambicionamos tornar a experiência do cliente única e liderar o mercado na mudança para veículos de baixas emissões, porque acreditamos que o futuro é elétrico e sustentável.

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